Gostaria de compartilhar com você um pouco das minhas experiências com o rapé. Não sei se você já ouviu falar, mas nosso país é repleto de povos muito antigos e sábios, dentre eles, os indígenas me chamam a atenção.
Tive a oportunidade de conhecer esta medicina sagrada em meados de 2014, em Atibaia, São Paulo através de uma grande amiga. De lá pra cá, foram inúmeras experiências, desde a minha estadia de um final de semana prolongado na Aldeia de Shiva junto com meu querido irmão e mentor nesses ensinamentos, Akaiê Sramana.
Aprendi que o rapé ensina muito, aprendi a respeitar as tradições desse povo, a respeitar o meu corpo, respeitar quem possui o conhecimento e a entender profundamente o que quer dizer a palavra conexão. Entendi que o Homem branco deturpou muito dessa cultura, transformando plantas de poder em simples ferramentas recreativas e tudo isso tem um preço, tanto para quem o faz, quanto para aqueles que erroneamente consideram uma droga ou uma ferramenta para “dar barato”.
Há alguns meses fui presenteado com uma pequena quantidade desta medicina por um grande amigo, parceiro de caminhada e eventualmente tenho experiências muito interessantes de conexão com meu melhor eu. É como se eventualmente eu entendesse que com a correria do dia a dia,, vamos deixando de lado quem somos e nos afastando da nossa essência. Hoje foi um desses dias em que me percebi indo contra tudo o que forjou a minha existência, tudo que me fez ser quem eu sou, por conta do ego, por conta da minha falta de conexão, por conta de algo que não sei explicar, mas sinto.
Outro grande aprendizado que tive em Juquitiba, na aldeia de shiva, foi que o indigena sente, e então entende. Me pego aqui escrevendo para vocês sobre algo que não tem a ver com hipnose, mas que com certeza me ajuda a centrar-me em mim mesmo. Sei que algumas pessoas podem achar esquisito eu escrever sobre isso, na realidade nem sei ao certo por que estou publicando sobre esse assunto aqui, mas simplesmente senti que deveria…
Por vezes nos pegamos longe de quem realmente somos, sofrendo por questões menos importantes como dinheiro, apego, e criando um monte de “e se” que nos colocam em um loop infinito que tende à depressão. A medicina da floresta é uma ferramenta capaz de me centrar, assim como a hipnose, a terapia, a meditação e tantas ferramentas que estão à nosso alcance e muitas vezes acabamos desprezando-as e seguindo em um comportamento automatizado altamente nocivo.
Se alguma vez tu já sentiu uma dor ou um problema que te fez repensar a tua existência, eu peço e sugiro que você tome a decisão de fazer diferente. Decida por você em detrimento de todo o resto. Procure ajuda, seja onde for, na terapia, na natureza, na igreja ou no local que te faz sentir bem. Pois a única forma de quebrar esse loop é decidindo fazer diferente, decidindo tomar as rédeas da tua vida e não ficar dependente deste transe tóxico.
Falando nisso, acredito que seria ótimo se pudéssemos falar do poder da decisão. Decisão e ação, pois muitas vezes decidimos fazer algo e procrastinamos.
Se fizer sentido pra você, uma palavra do que eu escrevi aqui, fique à vontade para comentar. Se não fizer, apenas deixe ir… Em algum momento da vida pode ser que faça, se isso acontecer, estou aqui para conversar, bater um papo, tomar um chimarrão, ou até quem sabe, deixar que o grande espírito possa nos proporcionar uma troca de energia através da medicina sagrada do rapé.
(esta história é uma continuação DESTA AQUI leia desde o começo clicando AQUI)
Passado mais algum tempo, em um treinamento que participei, fui convidado a ser voluntário para um processo de R2C (parte da terapia que utilizo na hipnose clínica) onde eu deveria relatar um problema que me incomodava no momento e então o facilitador conduziria um processo de regresso à causa, levando-me até o ponto inicial daquela cadeia de acontecimentos.
Tamanha não foi a surpresa quando me vi novamente naquela fatídica festa de aniversário, pronto para rever a cena que havia traçado o meu destino de uma adolescência de fracassos amorosos e graves dependências afetivas negativas. Ao buscar a causa da minha insegurança em arriscar nos negócios, encontrei o momento causador de todas as inseguranças. Foi quando revisitei aquele menino que correu para baixo da escada, há mais de 20 anos atrás. Fizemos o processo de ressignificação e o facilitador emergiu-me do processo, então pude observar mais de 20 pares de olhos estarrecidos assistindo ao processo.
Ao recordar deste momento há muito esquecido, perguntei ao facilitador por que eu havia sido conduzido até lá se eu não lembrava deste acontecido. Sabiamente ele explanou que provavelmente o subconsciente havia escondido aquele evento, por conta da alta carga emocional que ele representava. No intuito de me proteger daquela lembrança, o subconsciente praticamente apagou de minha memória um dos momentos mais intensos emocionalmente de minha vida.
O incrível é que eu só pude entender anos depois, ao avançar meus estudos na área da hipnose, que meu subconsciente não escondeu apenas o evento, ele escondeu também a garota “causadora” do sofrimento. Escondeu tão bem a ponto de ter tornado-a irreconhecível, ou melhor, invisível, durante todas as vezes que interagimos.
Por anos, esta pessoa deixou de fazer parte do universo da minha vida. Mesmo eu tendo passado caminhando inúmeras vezes na mesma calçada que ela, minha mente simplesmente não a reconhecia, tornando-a somente mais uma em meio à multidão. O problema é que ao esconder este momento, o subconsciente esqueceu de “esconder” as emoções negativas, os traumas, os medos, as limitações e tudo que atrapalhava a minha vida em decorrência disso. Era como se ele tivesse apenas colocado um pano sobre a pedra que estava no meu caminho, e, eventualmente eu tropeçava nela, caía, mas não sabia de onde tinha vindo o que me derrubou.
Talvez você não tenha percebido, mas tem uma parte de suma importância que não falamos ainda. Lembra do contexto da minha vida quando eu reencontrei a menina através da rede social? Eu já era mestre, treinador comportamental, praticamente casado, com uma filha, trabalhando e correndo atrás de outros sonhos, outro mundo? Foi o momento em que meu subconsciente percebeu que eu já estava pronto para lidar e entender tudo aquilo que aconteceu com aquele menino há tanto tempo atrás. Eu estando pronto, ele me permitiu começar a encontrar todas as peças do quebra-cabeças e assim ter uma visão maior de toda a cena. Será que esta foi a primeira vez que esta menina surgiu nas minhas sugestões de amizade? Com certeza não, ainda mais levando em conta os quase 180 amigos em comum.
Para concluir: De toda esta história o que mais vale para mim é entender que nosso subconsciente guarda muitas coisas e que essas coisas estão impactando nossa vida hoje, mesmo que você não tenha a menor ideia disso. Ele age silenciosamente decidindo quando e como você vai poder resolver isso.
Inclusive, pode ser que ele deixe isso aí dentro de você até o fim dos dias, se não considerar que você está “pronto” para ter acesso a esta informação. Até lá, você nunca conhecerá a real ALTA PERFORMANCE, pois enquanto algo estiver roubando sua energia emocional, mesmo que você se esforce, estará usando apenas uma fração de todo seu potencial.
Por essa e outras coisas, que eu sou imensamente grato por ter sido voluntário naquele treinamento, talvez se não tivesse tido aquela oportunidade eu ainda não teria compreendido a origem de algumas travas que me impediam de avançar para o próximo nível.
Seja você também o grande responsável por avançar ao próximo nível!
(esta história é uma continuação DESTA AQUI leia desde o começo clicando AQUI)
Durante aqueles momentos que estive embaixo da escada, diversos pensamentos passaram pela minha cabeça, inclusive sobre suicídio. Ainda bem que não havia nenhuma possibilidade de eu fazer isso sem que alguém visse minha cara inchada e vermelha, logo posso dizer que fui salvo pela vergonha. Após este fatídico dia, retornei à escola, menti aos meus colegas que havia tido uma dor de barriga horrível e minha vida correu normalmente.
Normalmente se eu deixar de falar sobre a dificuldade tremenda que tive em me expor a situações de competição. Normalmente se eu não falar sobre todas as vezes que desisti de conversar com uma garota por medo de rejeição. Normalmente se eu esquecer de todas as vezes que desisti de alguém que eu estava gostando pelo simples fato de haver outra pessoa interessada. Enfim, a frase “a vida correu normalmente” na realidade é um eufemismo para “Tive dificuldades extremas e grandes problemas relacionados à autoconfiança e relacionamentos”.
Mas ok, a vida segue, vem trabalho, faculdade, diversão, muita terapia e algumas namoradas “de verdade” que me ajudaram a superar um pouco o medo da rejeição. Com o passar do tempo fui adquirindo cada vez mais autoconfiança para lidar com tudo. Me tornei músico, trabalhei como Roadie (aquele cara que arruma tudo no palco antes dos shows), virei treinador comportamental, palestrante. Enfim, comecei a ter cada vez mais intimidade com os palcos da vida. Decidi lidar com a rejeição ao estilo “HARD”, me expondo para muitas pessoas, que poderiam estar me julgando e observando todo o tempo. No fim, fiquei bom nisso e acabei tirando de letra a questão da exposição. Há alguns anos atrás tive minha primeira filha, por quem sou apaixonado, minha linda Morgana. Também tive a oportunidade de conhecer outra pessoa maravilhosa que transformou minha existência, a Leticia. Nós namoramos, noivamos e moramos juntos desde então.
OK, muito lindo, agora só falta o “viveram felizes para sempre”… Você deve estar se perguntando “Para que mesmo serve essa parte da história, o que isso tem a ver com o menino que ficou chorando embaixo da escada após ter se desiludido amorosamente?” Então, isso tem TUDO a ver! Você já vai entender o por quê.
Eis que há alguns anos atrás eu reencontrei aquela menina através de uma rede social. Lembrando que naquele momento eu já era mestre, treinador, praticamente casado e já tinha minha filha. Logo adicionei-a e começamos a conversar, falar da vida, perguntei onde ela estava morando e o que ela estava fazendo. Me senti muito feliz por ter reencontrado uma pessoa querida que fez parte da minha história. Nós lembramos das vezes que brincávamos juntos, passeios da escola e tudo mais. Só que neste momento EU NÃO TINHA NENHUMA lembrança daquele fatídico aniversário.
Ela disse que estava fazendo especialização em outro estado e que estava noiva também, perguntamo-nos de nossas famílias, pois elas eram muito próximas, até que perguntei onde ela havia feito faculdade e ela respondeu que tinha sido na cidade que nos conhecemos, na mesma universidade que fiz meu mestrado. Aí ocorreu meu primeiro ponto de interrogação “?”: A cidade que nasci e nos conhecemos não é tão grande assim para você passar praticamente 20 anos sem ver uma pessoa, ainda mais estudando na mesma instituição de ensino.
Perguntei a ela, onde havia morado durante esse período que não nos vimos, ela exclamou que era o mesmo lugar desde a pré-escola. Neste momento ocorre o segundo “?” O local que ela morava era a duas quadras da universidade que realizei minha graduação. Como que, durante 6 anos e meio, eu passei MUITAS vezes por lá e nunca a vi? Comentei com ela que aquilo era tudo muito estranho, como eu poderia nunca tê-la visto? Então, para a minha maior surpresa ela disse que havia me visto, mais que isso, disse que havia me cumprimentado e eu “passei reto” por ela.
Nesse momento nada daquilo fazia sentido, parecia tudo muito estranho, mas como estávamos conversando em um momento que eu (e provavelmente ela) tínhamos mais o que fazer, acabei deixando aquilo de lado. Mesmo que ela tivesse descrito uma situação onde supostamente fui cumprimentado por ela. Situação esta que recordo perfeitamente, com um único detalhe, não recordo dela estando presente, muito menos me cumprimentando.
Acesse novamente o blog na próxima segunda-feira (08/04) a partir das 20h para descobrir como termina esta história.
Muito bem, após contar algumas histórias “sem nomes” por aqui, chegou o dia em que vou “dar nome aos bois”, ou pelo menos a um deles (risos). Hoje vou contar uma história que aconteceu comigo há muitos anos atrás. Isso ocorreu em um período confuso entre a infância e a pré-adolescência. E eu só fui compreender há poucos anos tempo atrás. Hoje peço-lhes permissão para contar parte da história da minha vida, pois talvez esta tenha sido a forma mais “real” que encontrei de explicar um fenômeno que ocorre diariamente na vida de todos nós e sequer temos consciência disso.
Bom, vamos lá, esta história começa no início da década de 90, não sei exatamente a data (não quero me ater ao rigor numérico, apenas desenho uma linha de tempo de acontecimentos para que você acompanhe comigo) mas lembro que tinha algo em torno de sete anos quando meus pais se separaram. Sei que muitas crianças passaram por uma situação como essa no decorrer do último século, inclusive talvez até você, que está lendo este artigo, tenha passado por uma situação similar. Mesmo assim eu gostaria de ressaltar que a separação dos meus pais foi o ápice (negativo) de um relacionamento que não funcionava há algum tempo. No entanto, meu intuito aqui não é expor ninguém além de mim mesmo. Por isso não vou me ater aos detalhes do relacionamento de meus pais. É importante apenas pontuar que o processo de separação foi litigioso, longo e extremamente desgastante (pelo menos pra mim).
Ao mesmo tempo que isso acontecia, eu iniciava uma promissora carreira no “mercado de Bullying”. Sim, hoje eu sei o que fazia e arrependo-me por talvez ter sido vetor de muitos traumas. Mas naquela época, isso não tinha tanta atenção como hoje e muito menos orientação acerca do que poderia causar nas pequenas mentes. Aqui acho importante fazer uma pausa com aviso de Spoiler: O Bully (ou seja, aquele que comete o bullying) sempre é uma pessoa ferida, que não encontrou uma forma adequada de se expressar e por isso fere outras pessoas. Outra coisa importante, que entendi na prática sobre Bullying, é que a supressão da ação ou punição, na maioria das vezes acaba sendo inútil ou ainda piorando a situação. Em uma outra oportunidade vou contar alguns cases que acompanhei sobre o Bullying e o efeito que isso teve na vida de alguns de meus pacientes, bem como na minha própria.
Eu era uma criança comum, passando por um processo complicado em casa, que invariavelmente afetava minha vida escolar. Eu passava muito tempo sendo apresentado a diversos “tios e tias”. Eram eles os orientadores educacionais, as psicólogas, as psicopedagogas, os neurologistas, as psiquiatras, enfim, uma gama incrível de pessoas desagradáveis, que apenas ao falar sobre sua existência, parecia agradar à todos no colégio.
Simultaneamente a tudo isso, comecei a me descobrir “gostando” de algumas meninas na escola. Cada uma delas era carinhosamente tratada por mim como minha “namorada”, mesmo que nunca soubessem deste honorável título que eu lhes havia dado. E assim houveram meia dúzia de pequenas pessoas que chacoalhavam o coração daquele menino, a Aline, a Gabriela, a Ana, a Maiara, entre outras. A troca das “namoradas” normalmente ocorria por não correspondência nos sentimentos, ou seja: Elas não adivinhavam que eu gostava delas e eu acabava por não falar nada, já que tinha vergonha de não ser correspondido.
Mesmo que nunca falasse, eu ficava planejando diversas estratégias em minha cabeça, sobre como eu ia contar a elas, qual seria o momento ideal, ETC.. Frequentemente eu acabava desistindo de falar por medo de ser rejeitado ou mal interpretado. Até aí ok, eu tinha um background de rejeição em função da situação familiar, mas isso ia além. Até que um dia a história foi diferente, houve uma menina que estava correspondendo aos meus sentimentos (pelo menos na minha cabecinha perdida).
Esta menina havia sido minha colega desde a pré-escola e ainda não havia recebido aquela honrável titulação de “namorada”. De uma hora para outra parecia que tudo estava melhorando: eu havia encontrado a “solução dos meus problemas”! Agora era muito mais fácil, afinal, eu ia gostar de quem gosta de mim e além de tudo, ela era muito bonita, inteligente, legal, morava muito perto da minha casa, tinha boas referências familiares… (meu deus eu já pensava em tudo isso naquela época?!). Resolvi que ela seria promovida a minha namorada.
Obviamente não contei isso pra ela logo de cara, contei para a minha mãe, que contou pra mãe dela sem eu saber e comecei a me preparar para o “momento certo” em que me declararia e pediria mão dela (afinal, não é assim que a gente aprende nos filmes?). Passado algum tempo, acredito que nessa época eu já tinha uns 10 anos, surgiu a oportunidade perfeita: A minha festa de aniversário! Nenhuma data poderia ser mais oportuna senão o momento que todas as atenções estavam voltadas para mim, o que poderia dar errado? Afinal, se eu era o centro das atenções, quem não ia querer compartilhar um pouquinho dessa atenção comigo? Então, me enchi de coragem, fui pessoalmente convidá-la. Ela adorou o convite e disse que estaria lá, aumentando ainda mais minhas expectativas e esperanças, é claro.
Chegado o grande dia, eu estava mais interessado no paradeiro da menina que na própria festa. Eu estava planejando aquilo há tanto tempo e havia chegada a hora. Lá pelo meio da festa, tomei uma garrafa inteira de guaraná, já que ainda não conhecia vodca e fui em direção à parte externa do salão de festas, que ficava no quinto andar. Eu já havia descoberto que a menina estava lá fora e além disso, a maioria dos convidados estavam na parte interna, onde haviam salgadinhos, doces, refrigerantes, essas coisas boas de festas de crianças. Com tão poucas pessoas lá fora, praticamente não havia ninguém para atrapalhar o principal evento da minha infância/pré-adolescência.
Quando cheguei na porta que dividia o terraço do salão fui do céu ao inferno em um segundo. Eu congelei… Senti um arrepio na espinha e o sentimento de dor correspondente a estarem enfiando uma lâmina fina na base da minha coluna. Quando coloquei o pé para fora do salão, vi a “minha namorada” beijando outro menino, NA BOCA! E ainda por cima ele nem era meu convidado. Era o primo mais velho de um colega meu, que havia pedido se poderia ir à festa já que estaria passando férias na casa deste meu colega. Naquele momento enchi meus olhos de água e a única reação que eu consegui ter foi descer as escadas correndo desesperadamente até a garagem. Me escondi embaixo do ultimo lance de escadas torcendo pra que ninguém tivesse visto tudo o que ocorrera. Deste local, eu podia ouvir a porta de saída do salão, então fiquei lá escondido chorando até que todos os convidados fossem embora, algumas horas depois.
Acesse novamente o blog na próxima segunda-feira (01/04) a partir das 20h para ler a segunda parte desta história.
Talvez você já tenha ouvido dizer que utilizamos apenas 10% de nosso cérebro, esta é uma grande falácia. Acredito que esta colocação teve origem nos estudos sobre a mente humana, através do conceito das três mentes: A Mente Consciente, a Subconsciente e a Inconsciente. Este modelo trino é o adotado por Gerald Kein, um dos maiores expoentes no estudo e ensino da Hipnose do ultimo século. Segundo Kein, cada uma das mentes possui uma função específica:
A mente consciente é responsável pelas funções de gerenciar a atenção, analisar e racionalizar as informações recebidas pelos sentidos. Além disso, também é incumbência da mente consciente, gerenciar a força de vontade e a memória de curto prazo. Já a mente subconsciente é responsável pela memória de longo prazo, criação de hábitos, gestão e manifestação de todas as emoções. Outras funções do subconsciente são a autopreservação e a ociosidade. A mente Inconsciente é responsável por gerenciar o sistema nervoso autônomo, que engloba vários outros sistemas em si, tais como Sistema Imunológico, Sistema Digestório, Sistema Circulatório, ETC.
Seguindo este modelo, entendemos que somos seres emocionais, frequentemente buscando justificativas racionais para nossas escolhas. Logo, se aprofundarmos um pouco mais, veremos que na realidade, nosso eu emocional, ou mente subconsciente é quem gerencia nossas vidas. O trabalho da mente consciente consiste em encontrar uma forma de explicar as decisões que tomamos. Além de julgar, racionalizar e se distrair com estímulos externos específicos, enquanto o “chefão” Subconsciente processa e decide de verdade.
Agora peço que acompanhe uma situação aleatória mas que tem tudo a ver com o assunto que estamos abordando: Imagine que você teve um problema em um estabelecimento comercial. Então decide fazer uma reclamação sobre o produto ou serviço prestado. Primeiramente você procura um dos colaboradores que trabalham lá. Ao explicar a situação o colaborador começa a se justificar, coloca a culpa no colega, no sistema, no proprietário, na crise, na Dilma, enfim. Após algumas tentativas você simplesmente desiste da explicação e vai procurar o gerente, certo? Afinal, é muito mais eficaz falar com quem manda do que ficar perdendo tempo e gastando saliva.
Neste caso, o colaborador que você falou no primeiro momento representa, aqui na nossa história a mente Consciente. Aquela que é racional, explicativa, cheia de desculpas e frequentemente está errada acerca do que se deve pensar ou fazer. Já o gerente, corresponde à mente Subconsciente. A parte mais profunda e poderosa, aquela que de fato define o que será feito. Infelizmente, assim como acontece no caso de um gerente de loja, não é tão fácil, acessa-lo se não soubermos desviar dos colaboradores no caminho até ele.
Uma das proposições da Hipnose é conseguir “falar” diretamente com nossa mente subconsciente. Ou seja, conseguimos remover aqueles entraves que não resolvem nada, revelando nossa parte mais importante e assim realizamos mudanças profundas e duradouras em nossas vidas. Por isso dizemos que através da terapia de hipnose , conseguimos resultados de anos em apenas uma sessão. O Hipnoterapeuta vai direto ao ponto, sem ficar enrolando o paciente. Evitando assim que o mesmo acabe ficando dependente da terapia.
Ok, Talvez agora você esteja pensando que é muito bom saber de tudo isso, mas que na realidade você não tem um problema! O seu objetivo aqui não é tratar ansiedade, depressão, vícios ou qualquer coisa que um hipnoterapeuta poderia ajudar. Que está aqui apenas para descobrir como ter resultados melhores na vida, trabalho, estudo. Talvez você acredite que não precisa de terapia e quer que eu seja direto ao ponto. Tudo bem, lá vamos nós…
Em primeiro lugar, eu acredito que todas as pessoas possuem questões-problema que poderiam ser melhoradas através da hipnoterapia, mesmo que não saibam disso a nível consciente. No entanto, caso você seja um desses ETs (Extremamente Teimosos) que só querem os resultados acelerados através da hipnose, aqui vai a boa notícia: Sim, é possível! Através da condução de um hipnotista, você pode experimentar estados de hiperfoco e concentração extremas em um piscar de olhos, mantendo-se assim por curtos períodos de alta performance.
Outra forma de você atingir estados incríveis é desenvolvendo a capacidade de se auto-hipnotizar evocando estes estados de forma autônoma. Diversas pessoas tem utilizado o poder da hipnose para estudar, trabalhar, treinar e realizar feitos incríveis através da concentração e imaginação. Eu mesmo já tive a oportunidade de ajudar um grande amigo que pratica corrida a diminuir significativamente o tempo em uma prova desafiadora. Inclusive posso contar para você sobre esta experiência na próxima semana. Falando nisso, caso você tenha vindo até aqui para saber “POR QUE NOSSO SUBCONSCIENTE ESCONDE ALGUMAS PARTES DE NOSSA VIDA” fique tranquilo ou tranquila. Esse artigo já está sendo elaborado com muito afinco e acredito que será publicado aqui no Blog em uma ou duas semanas.
Por hora, agradeço mais uma vez o tempo investido por aqui e sua dedicação em aprender um pouco mais sobre a mente humana. GRATIDÃO!! Caso você queira conhecer ainda mais sobre nossos programas de treinamento, terapia ou tirar dúvidas pessoalmente, estou à disposição nos links a seguir:
Saiba mais sobre o método Sinapse em: https://mailchi.mp/62a54c89a9ab/metodosinapse Me siga no Instagram: http://www.instagram.com/vinade Curta minha Fanpage em http://www.facebook.com/rafaelvinade Inscreva-se no meu canal do YouTube em http://www.youtube.com/c/rafaelvinade
Provavelmente você já sofreu com este problema! Seja você homem ou mulher, essa é uma questão muito mais grave do que parece. É possível você já tenha lido em algum lugar, ou pode ser que tenha entendido sozinho que a ejaculação precoce está diretamente relacionada a emoções como estresse e ansiedade. Costumo falar que a ansiedade é o mal do século XXI e que há diversas manifestações, esta é apenas uma delas.
Hoje eu vou contar a história do Diego (nome fictício), um cliente que veio até meu consultório queixando-se desta questão delicada. A problemática aumenta ainda mais se considerarmos o fato que no alto de seus trinta e poucos anos, Diego ainda não havia encontrado uma solução para a questão. Tomou medicações, consultou médicos e fez psicoterapia por muitos anos, no entanto nada trouxe solução ao seu problema. Após conversarmos algum tempo sobre sua questão-problema, iniciamos a busca da origem desse problema nas profundezas da mente de Diego.
É necessário ter um sistema de crenças muito bem estruturado para trabalhar com Hipnoterapia, na minha opinião a principal delas é: Somos o resultado das emoções que fomos expostos na infância (principalmente nos primeiros sete anos de idade). Lá estão praticamente todas as experiências emocionais originais, ou seja, os momentos que tivemos contato com as emoções pela primeira vez.
Quando estamos em estado profundo de hipnose, temos acesso a praticamente todos os momentos emocionalmente importantes que ocorreram em nossa vida, sejam bons ou ruins. Assim, somos capazes de evocar até aqueles momentos que acreditamos estarem esquecidos ou “escondidos” em nosso subconsciente. Ao obtermos esse acesso, buscamos os momentos em que o paciente foi exposto à emoção que originou o problema. É claro que explicando desta forma, pode parecer fácil, no entanto a mente humana possui diversos mecanismos complexos que muitas vezes atrapalham este processo. Assim que evocamos esta emoção e temos acesso a este momento podemos realizar a ressignificação.
Este é o processo que fiz com o Diego e após uma única sessão tivemos resultados fantásticos. Não só no que tange a vida sexual do paciente, nós obtivemos resultados que vão muito além da solução para a “EP” (ejaculação precoce). O paciente se tornou uma pessoa muito mais controlada, melhorou seus resultados no trabalho e relacionamento com a família. No entanto o principal ganho relatado por ele, foi uma mudança drástica no relacionamento com seu filho. Diego relatou que passou a dedicar mais tempo de qualidade e consequentemente está mais participativo na vida e criação de Henrique (nome fictício), que tem 4 anos de idade. Ele também relatou que está muito mais tolerante e paciencioso em momentos que anteriormente o faziam perder o controle.
Todas estas mudanças podem parecer apenas ganhos secundários, decorrentes do tratamento da questão-problema, mas como eu falei no início deste texto, a ejaculação precoce é apenas mais uma nuance da ansiedade. A origem destes fenômenos pode não ter relação direta à questão considerada problema. Assim como a causa da EP do Diego não tinha nada a ver com sexo, abuso ou algo do tipo, na maioria dos casos o evento que originou o problema não possui sequer ligação com o motivo do incômodo. Por isso costumamos chamar a queixa do paciente de sintoma pois a causa quase sempre está muito mais profunda que imaginamos.
Sabendo disso, eu gostaria de te convidar a explorar um pouco mais o termo “EP” (ejaculação precoce) através dos seguintes questionamentos: Alguma vez você já tomou uma decisão (motivada ou motivado puramente pela emoção) e se arrependeu depois? Alguma vez você fez um julgamento acerca de uma pessoa através da “primeira impressão” e depois percebeu que na realidade estava completamente errada ou errado? Existe também a possibilidade de você estar lendo esse texto e nunca ter tido nenhuma relação com EP? No entanto, provavelmente você já passou por alguma situação que envolva as perguntas anteriores a essa.
Se analisarmos apenas os fatos, durante um evento de EP, o que ocorre é basicamente uma interferência das pressões (principalmente internas) agindo na mente do paciente e gerando resultados físico. Em quais outros momentos podemos dizer que algo similar acontece? Podemos citar exemplos como o descontrole emocional que causa brigas de trânsito ou outros tipos de violência. O medo de falar em público, ou de se expor para muitas pessoas, ETC. Enfim, acredito que assim fica mais fácil compreender por que digo que a EP pode ocorrer com qualquer pessoa, inclusive em mulheres.
Como falei anteriormente, todas estas questões são diretamente relacionadas aos estímulos que recebemos durante nossos primeiros anos. Lá está a resposta para muitas perguntas que nem sabemos direito quais são. Mesmo que não tenhamos nem ideia do que aconteceu, posso garantir que está guardado dentro de nós. E por falar nisso, você sabia que nosso subconsciente “apaga” alguns momentos difíceis de nossa história, com o intuito de nos proteger? Eu mesmo já tive uma experiência bem esquisita com estes “apagões”. Bom, mas este assunto fica para a semana que vem.
Então já fica o convite, se você quer saber um pouco mais sobre como e por que nosso subconsciente esconde alguns eventos de nossa vida, acesse o BLOG na próxima segunda-feira.
Saiba mais sobre o método Sinapse em: https://mailchi.mp/62a54c89a9ab/metodosinapse Me siga no Instagram: http://www.instagram.com/vinade Curta minha Fanpage em http://www.facebook.com/rafaelvinade Inscreva-se no meu canal do YouTube em http://www.youtube.com/c/rafaelvinade
O interessante é que nessa história, se encaixaria perfeitamente qualquer droga ilícita, como maconha, cocaína, heroína, ecstasy ETC. No entanto a tal substância que trazia tanto sofrimento à vida de João era uma medicação encontrada facilmente em farmácias e amplamente prescrita por diversos médicos, assim como o amigo do João, que buscava apenas ajudar o amigo a amenizar todo aquele sofrimento.
Talvez agora você esteja se perguntando o que aconteceu com o João, ou ainda como ele está atualmente. Em breve chegaremos ao final feliz desta história, mas antes me permita explicar o que é a tríade da adicção, como ela ocorre e o que podemos fazer para evita-la ou trata-la!
Quando João e Maria se separaram, dentro da mente subconsciente do João aconteceu uma associação entre emoções. Isso acabou desencadeando um processo de sofrimento muito maior do que uma separação normal. É claro que todas as separações são desagradáveis, pelo menos em um primeiro momento, no entanto essa emoção foi especial porque João acessou subconscientemente uma lembrança de um momento desagradável de sua infância e o associou à separação. Sendo assim, o sofrimento de João estava “multiplicado” por todas as vezes que voltou a sentiu uma emoção similar àquela. Neste momento, podemos entender a criação do primeiro e talvez principal pilar da tríade da adicção, a DEPENDÊNCIA EMOCIONAL.
Quando João teve a primeira experiência com a medicação, naquela oportunidade em que seu amigo médico ofereceu para ele que experimentasse um antidepressivo com o intuito de diminuir seu sofrimento, iniciou-se a criação do segundo e talvez mais conhecido pilar da tríade, a DEPENDÊNCIA QUÍMICA! Este pilar foi potencializado inúmeras vezes pela reincidência e sobredosagem daquela medicação.
Então, após alguns meses consumindo esta substância diariamente, João concluiu a criação da tríade através de seu último pilar, O HÁBITO! Todos os momentos em que João sentia angústia, ansiedade, mal estar, automaticamente já associava isso à falta do seu remédio, e como em qualquer hábito, tratava de resolver a questão como todas as outras vezes. Além disso, todas as vezes em que João tomava medicação, sem perceber, ele estava enviando um comando para sua mente dizendo que aquele sofrimento precisava de uma solução externa, no caso a medicação. Reforçando e retroalimentando a tríade da adicção.
Resumindo então, o que caracteriza a tal tríade? A dependência química, que é a parte mais conhecida de todos, o hábito, que muitas vezes traz diversos ganhos secundários e impede a solução do problema, e a ignorada na maioria das vezes, a dependência emocional.
Mas e o João? O que aconteceu com o tal vivente?
Conforme escrevi algumas linhas acima, conheci o João no auge de seu vicio. No momento em que ele percebeu que precisava de ajuda, João teve “mais uma vez” a sorte de ser encaminhado a mim por um dos seus amigos. Durante sua avaliação, identifiquei que se tratava da tríade, sendo assim, tratamos de resolver a questão que cabe a um hipnoterapeuta: O Pilar Emocional.
Por logica, este é sempre o primeiro a ser resolvido, não apenas por ter sido o primeiro a ser criado, mas principalmente porque sem a resolução deste, os demais não conseguirão obter sucesso. Você pode até resolver a questão química, no entanto, o sofrimento emocional continuará a buscar outras formas de se manifestar, podendo desenvolver outros vícios, compulsões ou até doenças autoimunes.
Após resolver a questão emocional de João, buscamos o contato daquele amigo que fez a primeira prescrição, e através do acompanhamento e orientação de um médico especialista, João foi capaz de reduzir gradualmente a quantidade de medicação. As perspectivas para este ano são as melhores possíveis, prevendo a alta (fim do tratamento farmacológico) do paciente para o segundo semestre (menos de um ano desde que fizemos nossa sessão terapêutica).
Obviamente que o nome do meu cliente nao é João, nem das outras duas meninas citadas na historia acima era Maria ou Joana. Mas a história é real, seu sofrimento era real e todo o processo que ocorreu antes e depois de nos conhecermos é real. João, nao só permitiu publicar sua história na íntegra, como solicitou que assim eu fizesse com a intenção de ajudar pessoas que possam estar passando pela mesma situação que ele passou. Ele acredita que é muito importante mostrar ao mundo que é possível se livrar de um vício se você tiver os profissionais certos, a orientação certa e vontade de mudar.
A propósito, nao podemos esquecer do terceiro pilar, ele também precisa de muita atenção. Neste caso, a “profissional” que está cuidando do pilar do hábito é a Joana, agora, a noiva do João. Diariamente ela ajuda João a manter-se firme no propósito, a manter-se ativo no treino e melhorando continuamente em seu “novo vício”, o esporte.
Após este dia, João esta muito cansado mas resolve sair e desabafar com os amigos que encontrou alguns dias atrás. Eles tomam mais algumas cervejas e mais uma vez aquela substância surge. João lembrando da experiência de ter passado alguns minutos, ou horas longe do sofrimento, resolve utilizar mais uma vez. E como era de se imaginar, mais uma vez sente-se muito bem. Só que desta vez, após a experiência João pede para aquele amigo se ele poderia levar um pouco dessa substância consigo, justificando que estava passando por uma situação muito difícil e aquela substância dava a ele o bálsamo para acabar momentaneamente com aquele sofrimento.
O amigo, sem intenção alguma de prejudicar João, constatando que é real todo aquele sofrimento, entrega um pouco daquela substância para João, junto com um papel com as instruções de onde e como ele pode conseguir mais. João vai para casa, dorme, no outro dia trabalha e ao retornar para casa, todo aquele sofrimento ressurge. Prontamente João busca o resto da substância que o amigo havia entregue a ele no dia anterior, utiliza e mais uma vez sente-se bem, longe daquele sofrimento. Joao dorme e no outro dia trabalha normalmente.
Deste dia em diante, João já sabe onde buscar e como conseguir a substância, então todas as vezes em que João sente aquele sofrimento, ele vai utilizar essa substância e sem que ele perceba, a frequência e a dosagem vão gradualmente aumentando. Passam-se dias, semanas, meses ou até anos, até que em algum momento, de tanto utilizar, seu organismo adaptou-se e aquela substância já não é mais suficiente para acabar com o sofrimento.
Depois de tanto tempo passado, João nem lembra mais de Maria, ou da real origem de tudo aquilo que ele sente. Ele só sabe o que sente uma angústia gigante, um aperto no peito, uma coisa ruim e aquele sofrimento aumenta dia após dia. A substância original já não faz o mesmo efeito, o que leva João a buscar alternativas cada vez mais fortes. Além disso, a utilização destas substâncias durante tanto tempo acabaram gerando problemas. João passou a enfrentar alterações de humor, pensamentos antissociais, tendências suicidas, afastamento de sua família, falta de conexão com amigos e outras pessoas. Mesmo assim, todas as noites, ao chegar em casa do trabalho, João voltava a fazer uso daquilo.
Até que em um dia no seu trabalho, João conhece uma menina nova em seu departamento chamada Joana. Eles começam a conversar, saem juntos e após algumas semanas, iniciam um relacionamento. Passado algum tempo, Joana percebe a necessidade de João em fazer uso daquelas substâncias quase que diariamente. Ela então pede que João tome uma atitude, afinal um homem feito, responsável e bem sucedido não precisa de bengalas como aquelas. João decide se livrar daquilo de uma vez por todas e joga fora todas as reservas que tinha da substância dizendo para si mesmo que nunca mais irá precisar daquilo. Determinado, deita em sua cama mas o sono não vem.
Na manhã seguinte João vai trabalhar cansado e sentindo mais uma vez aquela angústia sem fim. Ao retornar para casa após o trabalho, João tenta distrair-se assistindo a televisão e mexendo no seu celular porém a angústia não vai embora, pelo contrário, parece que fica ainda pior. João liga pra Joana e decidem sair para comer algo na rua, mas ao se encontrarem, Joana percebe que seu parceiro está muito mal. Apos a janta, ambos vão para suas casas e João sentindo-se muito horrível busca mais uma vez aquela sensação de alivio que a substância lhe oferece.
Neste momento João percebe que parar ou nao de utilizar aquela substância já nao é uma decisão sua. Ele está adicto, ou como conhecemos mais comumente, ele esta viciado. Este foi o momento em que eu conheci João, conheci a história estou aqui contando para vocês e pude dizer pessoalmente a ele a frase que iniciou esse texto, “o problema do viciado não é o vicio”, ou melhor, o problema do adicto não é a substância somente e sim a tríade do vicio. Naquele momento, assim como diversas pessoas já haviam feito, João também ficou me olhando com aquela “cara de ponto de interrogação”.
Na próxima segunda-feira, dia 04/03 às 09:00 publicaremos a terceira e última parte da história do João, venha conferir!!
O problema do viciado nao é o vicio! Falo esta frase toda vez que alguém me pergunta se trabalho com algum tipo de vício ou adicção. No entanto, na maior parte das vezes, as pessoas olham com estranheza ou com aquela clássica “cara de ponto de interrogação”. Frequentemente me perguntam, se o problema não é o vício por que a pessoa não consegue parar de utilizar a substância em questão? Ai entra o conceito da triade da adicção.
Já trabalho com esta ideia a bastante tempo, muitas vezes tratei dependentes químicos, alcoólatras e outros vícios não tão corriqueiros. No entanto a ideia de que o viciado tem um problema com a substância em questão é muito rasa. Quando paramos para analisar toda a profundidade da psique humana conseguimos entender que o vício químico é apenas uma parte da tríade ou tripé do vício. Para que possamos entender melhor, vou trazer um exemplo:
Imaginamos o caso de uma pessoa que vou chamar de João, apenas para fins de exemplo. João possui 30 anos de idade e tem um relacionamento estável com Maria há 5 anos. João e Maria vivem uma vida normal, sem filhos. Moram juntos e trabalham durante o dia todo, se passando apenas a noite juntos como uma clássica família jovem. Assim como todos os casais, eventualmente ocorrem brigas. Em uma dessas brigas João e Maria decidem separar-se.
A partir desse momento a vida dos dois altera-se completamente, oscilando entre momentos de felicidade trazidos pela liberdade e momentos de profundo sofrimento motivado pela saudade e alguns arrependimentos por tudo que aconteceu. João volta a conviver com alguns amigos da época da escola e a compartilhar momentos agradáveis com eles. Apesar desses momentos, alguns deles perceberem que João não está bem. Surge uma oportunidade de todos irem a uma festa, João gosta da ideia.
Durante a tal festa, João e seus amigos bebem um pouco e lá pelas tantas um colega oferece uma substância a João. Na adolescência João sempre foi um menino centrado e nunca usou drogas. Então, cedendo às sugestões do colega, ele resolve experimentar. Joao já é adulto, está entre seus amigos e gostaria de viver uma experiência legal, afinal hoje João tem a capacidade e responsabilidade de fazer a suas próprias escolhas.
João vive uma experiência intensa e agradável com aquela substância. Durante essa experiência, sem que perceba, João revive algumas emoções que ele já conhecia, euforia, prazer, felicidade, entre tantas outras emoções agradáveis. É como se naquele momento todos os problemas simplesmente tivessem sumido e João pudesse viver a vida pleno, sem lembrar daquele sofrimento e até se fazendo acreditar que até a Maria deixou de existir.
No dia seguinte, está tudo bem… “Tudo bem” sem falar na Maria, que habita os pensamentos do João diversas vezes durante aquele dia trazendo lembranças que geram sofrimento e às vezes arrependimento. Após o trabalho joao vai pra casa e parece que aquele sofrimento vai se tornando cada vez mais insuportável. João sai sozinho, toma uma ou duas cervejas e retorna para sua casa, sem sucesso na luta contra as lembranças. João passa a noite em claro, no outro dia o pessoal no trabalho nota que ele não está bem.
Na próxima segunda-feira, dia 25/02 às 09:00 publicaremos a segunda parte da história do João, venha conferir!!
Por acaso você tem medo de agulhas? Aquele som da broca do dentista te dá arrepios? Você é daquelas pessoas que escova os dentes 10 vezes por dia para não correr o risco de acabar em um consultório odontológico? Muito bem, a parte da escovação pode até ser uma boa ideia, no entanto ter medo ou até mesmo pânico de alguma coisa não é não. Até por que mais cedo ou mais tarde você vai precisar visitar este profissional que te causa tanto pânico: O “TEMÍVEL” DENTISTA!!
Hoje começamos uma nova série por aqui, vamos falar um pouco sobre a utilização da hipnose em diversas profissões, começando pela Odontologia. A seguir vamos conhecer o que um HIPNODONTISTA consegue fazer utilizando seus conhecimentos de odontologia potencializados pela hipnose.
Você conhece hipnose? Acredito que sim, pode ser que já tenha visto alguém comer uma cebola achando que é maçã em algum programa de televisão dominical “clichê”. Ou você pode ser um daqueles curiosos que buscou saber um pouco mais sobre o assunto. Pode ter ouvido falar então que a hipnose ajuda a pessoa desenvolver capacidades e habilidades de forma mais fácil e rápido. A hipnose pode sim ajudar praticamente qualquer pessoa a desempenhar de forma mais eficaz suas atribuições. E é sobre isso que vamos conversar hoje e nas semanas a seguir.
Um dos principais papéis da hipnose é no controle da dor. Pessoas que possuem dores crônicas usualmente buscam aprender a técnica para gerenciar os surtos de dor que se mantém constantes por grandes períodos, anos ou até uma vida toda. Além disso, a analgesia ou até anestesia hipnótica pode ser utilizada eventualmente conforme a demanda, como por exemplo, para “tirar” uma dor de cabeça, ou nas costas, após um dia estressante de trabalho. Ou ainda la para tornar processos invasivos praticamente imperceptíveis, tais como doação de sangue, aplicação de vacinas, tatuagens e procedimentos estéticos.
No entanto a utilização da hipnose em um consultório odontológico excede e muito a questão da dor. É claro que podemos e devemos utilizá-la para o controle de dor, mas por que não ir além? E se pudéssemos diminuir a ansiedade ou tensão emocional de um paciente? Ou ainda resolver fobias como “o barulho da broca” ou pânico de agulhas com apenas um “Estalar de dedos”?
Não são raras as vezes que o profissional de odontologia perde tempo com espasmos musculares (muitas vezes involuntários) de um paciente ansioso ou que tem medo do procedimento. Sem falar do sofrimento do paciente por causa da necessidade de refazer algum procedimento ou por que o dentista precisou utilizar de força para manter tudo no lugar certo. A tensão durante o processo seguida da dor muscular em todo o corpo ao final do processo é um claro sinal que o paciente não estava querendo passar pelo procedimento.
Felizmente hoje existem cada vez mais profissionais qualificados para aplicar a hipnose dentro da clínica odontológica. Desde 2008, quando o Conselho Federal de Odontologia reconheceu a utilização da Hipnose entre outras metodologias complementares, cada vez mais estes profissionais procuram cursos e parcerias com hipnotistas para realizar os mais diversos procedimentos.
O Hipnodontista atua com hipnose reduzindo a ânsia de vômito durante a moldagem ou potencializando os efeitos das medicações no pré e pós-operatório. Conforme falamos anteriormente, a hipnose também pode ser uma grande aliada no controle da dor, seja em pacientes alérgicos, mulheres grávidas ou ainda pessoas resistentes à anestesia química. Também podemos elencar papéis importantes da hipnose como na promoção de Hemostasia (diminuição e controle do sangramento) e Xerostomia (diminuição da salivação) durante os procedimentos.
Todas essas possibilidades tornam mais prática a rotina na clínica odontológica, mas o importante é que acima de tudo o profissional pode zelar pelo conforto do paciente durante os procedimentos. Aquelas situações, cheiros ou ruídos traumáticos tornam-se menos apavorantes. Sendo assim a saúde bucal se torna mais próxima, palpável e PRÁTICA. Entregando uma alternativa àqueles que se negam a visitar periodicamente ao dentista.
Então da próxima vez que for visitar o seu dentista pergunte à ele se ele conhece os benefícios do casamento entre a hipnose e a odontologia. Caso ele não conheça, fique à vontade para enviar o link dessa postagem. Caso você seja um cirurgião ou cirurgiã dentista e está interessado(a) em saber mais sobre o assunto, fique à vontade para me enviar mensagens pelas redes sociais, terei o maior prazer em orientá-lo ou orientá-la como proceder para tornar-se um exímio hipnotista, e obter as capacidades e habilidades necessárias à um Hipnodonstista.