Provavelmente você já sofreu com este problema! Seja você homem ou mulher, essa é uma questão muito mais grave do que parece. É possível você já tenha lido em algum lugar, ou pode ser que tenha entendido sozinho que a ejaculação precoce está diretamente relacionada a emoções como estresse e ansiedade. Costumo falar que a ansiedade é o mal do século XXI e que há diversas manifestações, esta é apenas uma delas.
Hoje eu vou contar a história do Diego (nome fictício), um cliente que veio até meu consultório queixando-se desta questão delicada. A problemática aumenta ainda mais se considerarmos o fato que no alto de seus trinta e poucos anos, Diego ainda não havia encontrado uma solução para a questão. Tomou medicações, consultou médicos e fez psicoterapia por muitos anos, no entanto nada trouxe solução ao seu problema. Após conversarmos algum tempo sobre sua questão-problema, iniciamos a busca da origem desse problema nas profundezas da mente de Diego.
É necessário ter um sistema de crenças muito bem estruturado para trabalhar com Hipnoterapia, na minha opinião a principal delas é: Somos o resultado das emoções que fomos expostos na infância (principalmente nos primeiros sete anos de idade). Lá estão praticamente todas as experiências emocionais originais, ou seja, os momentos que tivemos contato com as emoções pela primeira vez.
Quando estamos em estado profundo de hipnose, temos acesso a praticamente todos os momentos emocionalmente importantes que ocorreram em nossa vida, sejam bons ou ruins. Assim, somos capazes de evocar até aqueles momentos que acreditamos estarem esquecidos ou “escondidos” em nosso subconsciente. Ao obtermos esse acesso, buscamos os momentos em que o paciente foi exposto à emoção que originou o problema. É claro que explicando desta forma, pode parecer fácil, no entanto a mente humana possui diversos mecanismos complexos que muitas vezes atrapalham este processo. Assim que evocamos esta emoção e temos acesso a este momento podemos realizar a ressignificação.
Este é o processo que fiz com o Diego e após uma única sessão tivemos resultados fantásticos. Não só no que tange a vida sexual do paciente, nós obtivemos resultados que vão muito além da solução para a “EP” (ejaculação precoce). O paciente se tornou uma pessoa muito mais controlada, melhorou seus resultados no trabalho e relacionamento com a família. No entanto o principal ganho relatado por ele, foi uma mudança drástica no relacionamento com seu filho. Diego relatou que passou a dedicar mais tempo de qualidade e consequentemente está mais participativo na vida e criação de Henrique (nome fictício), que tem 4 anos de idade. Ele também relatou que está muito mais tolerante e paciencioso em momentos que anteriormente o faziam perder o controle.
Todas estas mudanças podem parecer apenas ganhos secundários, decorrentes do tratamento da questão-problema, mas como eu falei no início deste texto, a ejaculação precoce é apenas mais uma nuance da ansiedade. A origem destes fenômenos pode não ter relação direta à questão considerada problema. Assim como a causa da EP do Diego não tinha nada a ver com sexo, abuso ou algo do tipo, na maioria dos casos o evento que originou o problema não possui sequer ligação com o motivo do incômodo. Por isso costumamos chamar a queixa do paciente de sintoma pois a causa quase sempre está muito mais profunda que imaginamos.
Sabendo disso, eu gostaria de te convidar a explorar um pouco mais o termo “EP” (ejaculação precoce) através dos seguintes questionamentos: Alguma vez você já tomou uma decisão (motivada ou motivado puramente pela emoção) e se arrependeu depois? Alguma vez você fez um julgamento acerca de uma pessoa através da “primeira impressão” e depois percebeu que na realidade estava completamente errada ou errado? Existe também a possibilidade de você estar lendo esse texto e nunca ter tido nenhuma relação com EP? No entanto, provavelmente você já passou por alguma situação que envolva as perguntas anteriores a essa.
Se analisarmos apenas os fatos, durante um evento de EP, o que ocorre é basicamente uma interferência das pressões (principalmente internas) agindo na mente do paciente e gerando resultados físico. Em quais outros momentos podemos dizer que algo similar acontece? Podemos citar exemplos como o descontrole emocional que causa brigas de trânsito ou outros tipos de violência. O medo de falar em público, ou de se expor para muitas pessoas, ETC. Enfim, acredito que assim fica mais fácil compreender por que digo que a EP pode ocorrer com qualquer pessoa, inclusive em mulheres.
Como falei anteriormente, todas estas questões são diretamente relacionadas aos estímulos que recebemos durante nossos primeiros anos. Lá está a resposta para muitas perguntas que nem sabemos direito quais são. Mesmo que não tenhamos nem ideia do que aconteceu, posso garantir que está guardado dentro de nós. E por falar nisso, você sabia que nosso subconsciente “apaga” alguns momentos difíceis de nossa história, com o intuito de nos proteger? Eu mesmo já tive uma experiência bem esquisita com estes “apagões”. Bom, mas este assunto fica para a semana que vem.
Então já fica o convite, se você quer saber um pouco mais sobre como e por que nosso subconsciente esconde alguns eventos de nossa vida, acesse o BLOG na próxima segunda-feira.